Seja bem-vindo!

Esperamos que você encontre aqui, esperança, recuperação e solidariedade que temos o privilégio de experimentar.

Somos um grupo de ajuda mútua para homens e mulheres, maiores de 18 anos, e nos guiamos por um conjunto de Doze Passos e de Doze Tradições, baseado no modelo pioneiro dos Alcoólicos Anônimos. Não há taxas ou cobranças.

Não temos terapeutas profissionais trabalhando no grupo. O SIA não é substituto para terapia ou qualquer outro serviço profissional, quando isso for necessário.

Definimos o incesto muito amplamente, como sendo qualquer contato sexual por um membro da família, pessoas conhecidas ou estranhas. Enfim, qualquer pessoa que agiu com abuso de poder sobre a criança e tenha traído a inocência e a confiança dela.

Acreditamos que fomos afetados pelo abuso, tenha ele ocorrido uma ou mais vezes, uma vez que o dano causado se instala imediatamente.

Aprendemos no SIA a não negar o que ocorreu. Não imaginamos o abuso e não foi nossa culpa de forma alguma. O abusador fará qualquer coisa para colocar a responsabilidade na criança indefesa, geralmente, acusando-a de ser sedutora.

Nós tínhamos necessidades saudáveis e naturais de amor, atenção, aceitação e afeto e, frequentemente, pagamos um preço muito alto para obter isso.

Lidar com essa dor, é como arrancar a casca de uma ferida que nunca cicatrizou devidamente. E ISTO DÓI. Todavia, é mais fácil chorar quando temos amigos que vão enxugar nossas lágrimas. Nós PODEMOS ser consolados - por isto estamos aqui. Nossa dor não é mais em vão. Nunca esquerecemos, mas podemos, em tempo, por um fim na dor que acompanha nossas memórias destrutivas. Podemos aprender, Um Dia de Cada Vez, que somos SOBREVIVENTES DE INCESTO, AO INVÉS DE VÍTIMAS.

NÓS NÃO SEDUZIMOS O ABUSADOR! Coação física raramente é necessária com uma criança, uma vez que ela já fica intimidada diante da possibilidade do abuso. Quanto mais gentil o ataque, mais culpa inapropriada a vítima carrega. Aprendemos a não aceitar qualquer responsabilidade pelos ataques, mesmo que eles tenham ocorrido por um período prolongado de tempo. Alguns de nós AINDA estão sendo sexualmente atacados.

No SIA dividimos nossos sentimentos e experiências comuns. Achávamos que tínhamos que proteger aqueles que cuidavam de nós desse terrível segredo como se eles não fossem participantes. Sentíamo-nos alienados dos membros não abusivos da família. Com frequência, uma grande raiva foi direcionada a eles, pois é mais seguro sentir raiva das pessoas que consideramos impotentes. Nós nos tornamos zeladores para manter a imagem de uma família fantasiosa. Nossos sentimentos de traição por nossas famílias são imensuráveis, precisamos viver o luto pela morte dessa família ideal, que muitos de nós, criamos em nossa própria imaginação.

Lidar com essa dor é como arrancar a casca de uma ferida que nunca cicatrizou devidamente. E ISSO DÓI. Todavia, é mais fácil chorar quando temos amigos que vão enxugar nossas lágrimas. Nós podemos ser consolados, por isso estamos aqui. Nossa dor não é mais em vão. Nunca esqueceremos, mas podemos, com o tempo, pôr um fim na dor que acompanha nossas memórias destrutivas. Podemos aprender, um dia de cada vez, que somos SOBREVIVENTES DE INCESTO, AO INVÉS DE VÍTIMAS.

Independentemente de quem abusou de você, com que frequência e qual a natureza do abuso, saiba que aqui é o seu lugar. Dividimos os mesmos sentimentos e consequências de outros sobreviventes.

Queremos lembrar a você, que acaba de chegar ao SIA, que você é uma pessoa criativa, corajosa e importante. A cada dia que você trabalhar a experiência do incesto, você se tornará uma pessoa mais forte, e se reconhecerá como SOBREVIVENTE.

Sentimos muito pelo sofrimento que o trouxe até nós. Esperamos que nossa solidariedade e o amor que sentimos em nosso coração o ajude. Nós conhecemos a sua dor. Queremos que você acredite que não é culpado, de forma alguma, e que você não está sozinho.

Nós agora podemos perceber que, nossa dor é temporária, mas a negação e suas consequências são definitivas. E, se um de nós pode se recuperar, então, todos nós podemos.